VOLTEI À IGREJA CATÓLICA
Decidi
romper com a Igreja em 2007, aos 17 anos, pouco tempo depois de ter completado
três anos em uma pastoral jovem. Minha saída foi ocasionada por minha própria
imaturidade. Não entendia o motivo de algumas coisas acontecerem no mundo e na
Igreja. Hoje percebo que minha fé, naquele tempo, era baseada nos homens e não
em Deus. Eu não tinha esperança em Deus e possuía uma idéia distorcida sobre
Ele e sobre a Igreja. Não aderi logo “de cara” ao ateísmo. Antes pensei que podia
ter uma relação com Deus sem precisar da Igreja. Mas aos poucos essa crença me
levou ao ateísmo, pois passei a desacreditar da existência de Deus. Então
decidi que tinha que aproveitar tudo nesta vida, e o fiz.
Cinco
anos após o rompimento com a Igreja Católica, aos 23 anos, mudei de cidade e
fui obrigada a começar a freqüentar uma igreja protestante, a Assembléia de
Deus. De início não vi problema na ação da religião no mundo, eu achava que se
não fazia bem, também não fazia mal. O comportamento religioso me chamou
atenção. Voltei a frequentar a Igreja Católica para tentar entender o porquê
das pessoas acreditarem em um Deus. Senti um incômodo dentro de mim que
aumentava toda vez que ia à pequena Igreja Católica da cidade. Então eu pedi um
sinal. Em pensamento pedi um sinal que fosse de fácil entendimento. E Deus me
concedeu.
Naquele
dia eu chorei e me arrependi de ter me revoltado contra meu criador, contra
aquele que deu a vida por mim. Apesar de continuar frequentando a Assembléia eu
não sentia o amor de Deus naquela denominação religiosa, ao contrário percebia
muita apelação ao sentimentalismo e a uma soberba religiosa. Decidi conhecer
melhor a Igreja Católica, comecei a estudar o catecismo e conversar com alguns
colegas que pudessem me orientar quanto às dúvidas sobre os pontos de difícil
entendimento da doutrina. Ao passo que ia avançando na compreensão e
entendimento da Igreja meu coração ardia em alegria e certeza da presença de
Deus no mundo pela ação do catolicismo.
Já
não pude mais negar a existência de Deus e nem a santidade da Igreja Católica,
pois Deus havia me dado o entendimento. Passei a buscar a confissão e mudar
meus hábitos de vida, deixei de ingerir excessivamente álcool, passei a buscar
a castidade, aprendi a respeitar o outro e a ser paciente. Comecei a entender
que com pequenas atitudes podemos escandalizar os irmãos e então passei a
vigiar mais meu comportamento. Deus me deu vida nova!
Com
a mudança senti também a necessidade de servir a Igreja e aos irmãos. Não sabia
muito bem o que fazer, até que um velho amigo me disse que a pastoral da Crisma
estava precisando de pessoas. Encontrei meu lugar. Somente após o ato de servir
aos outros consegui sentir-me realizada, plena. Hoje sirvo a Deus como
Catequista da Pastoral de Crisma em São João Batista e Nossa Senhora das
Graças. Sou muito feliz por poder transmitir a boa nova e a doutrina da Igreja
de Cristo àqueles a quem sirvo.
Paula
Rafaela Nazaré Reis Martins, Catequista e Psicóloga Organizacional.
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