domingo, 8 de fevereiro de 2015

TESTEMUNHO





VOLTEI À IGREJA CATÓLICA

Decidi romper com a Igreja em 2007, aos 17 anos, pouco tempo depois de ter completado três anos em uma pastoral jovem. Minha saída foi ocasionada por minha própria imaturidade. Não entendia o motivo de algumas coisas acontecerem no mundo e na Igreja. Hoje percebo que minha fé, naquele tempo, era baseada nos homens e não em Deus. Eu não tinha esperança em Deus e possuía uma idéia distorcida sobre Ele e sobre a Igreja. Não aderi logo “de cara” ao ateísmo. Antes pensei que podia ter uma relação com Deus sem precisar da Igreja. Mas aos poucos essa crença me levou ao ateísmo, pois passei a desacreditar da existência de Deus. Então decidi que tinha que aproveitar tudo nesta vida, e o fiz.
Cinco anos após o rompimento com a Igreja Católica, aos 23 anos, mudei de cidade e fui obrigada a começar a freqüentar uma igreja protestante, a Assembléia de Deus. De início não vi problema na ação da religião no mundo, eu achava que se não fazia bem, também não fazia mal. O comportamento religioso me chamou atenção. Voltei a frequentar a Igreja Católica para tentar entender o porquê das pessoas acreditarem em um Deus. Senti um incômodo dentro de mim que aumentava toda vez que ia à pequena Igreja Católica da cidade. Então eu pedi um sinal. Em pensamento pedi um sinal que fosse de fácil entendimento. E Deus me concedeu.  
Naquele dia eu chorei e me arrependi de ter me revoltado contra meu criador, contra aquele que deu a vida por mim. Apesar de continuar frequentando a Assembléia eu não sentia o amor de Deus naquela denominação religiosa, ao contrário percebia muita apelação ao sentimentalismo e a uma soberba religiosa. Decidi conhecer melhor a Igreja Católica, comecei a estudar o catecismo e conversar com alguns colegas que pudessem me orientar quanto às dúvidas sobre os pontos de difícil entendimento da doutrina. Ao passo que ia avançando na compreensão e entendimento da Igreja meu coração ardia em alegria e certeza da presença de Deus no mundo pela ação do catolicismo.
Já não pude mais negar a existência de Deus e nem a santidade da Igreja Católica, pois Deus havia me dado o entendimento. Passei a buscar a confissão e mudar meus hábitos de vida, deixei de ingerir excessivamente álcool, passei a buscar a castidade, aprendi a respeitar o outro e a ser paciente. Comecei a entender que com pequenas atitudes podemos escandalizar os irmãos e então passei a vigiar mais meu comportamento. Deus me deu vida nova!
Com a mudança senti também a necessidade de servir a Igreja e aos irmãos. Não sabia muito bem o que fazer, até que um velho amigo me disse que a pastoral da Crisma estava precisando de pessoas. Encontrei meu lugar. Somente após o ato de servir aos outros consegui sentir-me realizada, plena. Hoje sirvo a Deus como Catequista da Pastoral de Crisma em São João Batista e Nossa Senhora das Graças. Sou muito feliz por poder transmitir a boa nova e a doutrina da Igreja de Cristo àqueles a quem sirvo.
Paula Rafaela Nazaré Reis Martins, Catequista e Psicóloga Organizacional.

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